O avançar da idade é percebido, geralmente, como o progressivo cessar das capacidades funcionais dos diferentes órgãos e sistemas que constituem o nosso organismo, como o caso do cérebro.
O envelhecimento é acompanhado de deterioração de baixo grau do cérebro, como o enrijecimento das artérias cerebrais e, por conseguinte, a redução do fluxo de sangue e a sua velocidade, alteração da barreira protetora (hematoencefálica), torna-se um pouco menos inflexível comprometendo o cérebro com a entrada de hospedes indesejados
O envelhecimento em si, é caraterizado por sinais típicos de neuro-inflamação e a sua ineficácia de reparação, o que traduz em danos cognitivos e predispõe a certas demências, como Alzheimer e doença de Parkinson.
O tempo aumenta o stress oxidativo, um desequilíbrio entre a produção normal de substâncias oxidantes e a sua neutralização por parte de sistemas antioxidantes.
O ambiente inflamatório cronico no cérebro leva a alteração na função dos neurónios e os seus escudos protetores, afetando a velocidade de condução dos estímulos, tornando-os mais lentos e, por conseguinte, numa alteração da conectividade entre as várias regiões cerebrais.
Apesar dos declínios do cérebro que fazem parte do envelhecimento, é possível um abrandamento desses declínios com exercício físico e cognitivo, alimentação e estilo de vida saudável.
Essa capacidade de atenuar os efeitos da velhice, numa reorganização para um melhor funcionamento chama-se de neuro-plasticidade.
Sidney Neto - Personal trainer