Os estudos feitos pela a Organização Mundial de Saúde (OMS) concluíram que o consumo de carnes e enchidos está ligado diretamente ao cancro, bastando o consumo diário de 50 gramas de carnes processada para elevar o risco de cancro colorretal em 18%.
Os investigadores da Harvard University concluíram, em vários estudos feitos, que também o aumento do risco de contrair a diabetes é de 51%. Ter a diabetes por negligência alimentar equivale a perder 19 anos de vida.
Dá que pensar o que se poderia aproveitar da vida durante esses 19 anos, vida ativa, tantas viagens pelo mundo fora e muito mais.
O consumo de açúcar não é a causa direta da diabetes, mesmo que o açúcar não faça bem a saúde por não ter nutrientes, ser uma bomba calórica e matar imensas enzimas do nosso organismo. O problema é a dieta à base da carne, que cria o acúmulo de gordura nas células dos músculos, que por sua vez tornam-se resistentes à insulina, impedindo que o açúcar dos alimentos entre nas células se acumule no sangue de tal forma que causa a diabetes.
Da classificação das substâncias cancerígenas para os humanos pela Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC), a carne processada encontra-se na mesmo grupo que o plutónio, amianto, cigarro e gases dos motores a diesel, e logo a seguir temos a carne vermelha no mesmo patamar que os esteroides anabolizantes androgénicos.
Os efeitos colaterais do consumo das carnes surgem minutos após a ingestão, as suas bactérias aumentam o pique de inflamação, paralisam e enrijecem as artérias, tornando-as incapazes de se contraírem normalmente.
Numa publicação da revista Nature Medicine sobre o consumo de carnes vermelhas, causa o acúmulo de gorduras nas paredes artérias, podendo desencadear um processo de aterosclerose e acidentes vascular cerebral.
O excesso de colesterol, a formação e o acúmulo de placas de gordura nas artérias, podem causar o Alzheimer, por falta de oxigenação sanguínea das células nervosas com coágulos nos minúsculos vasos sanguíneos do cérebro entupidos pela gordura.
Estamos formatados que, para uma dieta saudável devemos comer mais carnes brancas do que as vermelhas, mas não é bem assim. Em relação a quantidade de colesterol originada, a diferença são apenas 4 miligramas, ou seja, por 100 gramas, 85 e 89 miligramas para a carne branca e a carne vermelha respectivamente.
As carnes brancas que é tão apregoada é a pior, pela quantidade de sódio que é injetada, e a OMS aconselha que determinados grupos de riscos, como hipertensos, diabetes e doentes renais, não devem consumir mais de 1,6 gramas por dia e os adultos saudáveis menos de 2,3 gramas por dia, esses valores são automaticamente excedidos na confeção numa única refeição.
A ingestão de carne de galinha está 4 vezes relacionada com o risco de cancro da próstata.
Aquilo que comemos determina as bactérias que vivem no nosso organismo.
“Let food be thy medicine and medicine be thy food” by Hippocrates
Atrevo-me a dizer que esta frase é o resumo de todo o presente artigo e dos próximos que irei publicar sobre a dieta, com o objectivo de promover uma alimentação saudável, o exercício fisíco, a saúde e o bem-estar, com pequenos alertas que fazem grandes diferenças no nosso organismo.
Sidney Neto
Personal trainer
Referências:
WHO and American Cancer Society – World Health Organization Says Processed Meat Causes Cancer
Department of Epidemiology, Harvard School of Public Health, Boston - Unprocessed red and processed meats and risk of coronary artery disease and type 2 diabetes--an updated review of the evidence
Nature Medicine - Intestinal microbiota metabolism of L-carnitine, a nutrient in red meat, promotes atherosclerosis
The China Study – T. Colin Campbell, Ph.D
DR. Garth Davis, M.D, Weight Loss Surgeon, The Davis Clinic
Dr. Neal Bernard, founder/president da PCRM (Phisicians Committee for Responsible Medicine)
Dr. Caldwell Esselstyn, M.D. da Cardiovascular Prevention Program, Cleveland Clinic Wellness Institute